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Dois quintos das pessoas já viveram pelo menos uma situação de violência ao longo da vida
Inquérito à Segurança no Espaço Público e Privado (ISEPP)
Dois quintos das pessoas já viveram pelo menos uma situação de violência ao longo da vida - 2022
19 de dezembro de 2023

Resumo

Os resultados do Inquérito sobre Segurança no Espaço Público e Privado revelam que mais de 1,4 milhões de pessoas dos 18 aos 74 anos sofreram violência na infância (18,6%), até aos 15 anos: mais de 1,3 milhões de pessoas (17,6%) com pai e mãe sofreram algum tipo de abuso psicológico ou físico por parte dos seus progenitores, e mais de 176 mil (2,3%) foram vítimas de abusos sexuais na infância, por parte de qualquer pessoa.

Uma em cada cinco pessoas já foi vítima de assédio persistente (stalking) (20,7%), proporção mais elevada nas mulheres (23,8%), na população mais jovem (27,6%) e na mais escolarizada (29,0%).

Considerando todos os contextos de violência ao longo da vida, mais de dois quintos das pessoas (44,8%) já viveram pelo menos uma situação de violência. A região do Alentejo destaca-se com a proporção mais baixa (37,8%), assinalando as regiões autónomas da Madeira (48,1%) e dos Açores (46,9%) e a Área Metropolitana de Lisboa (46,8%) as proporções mais elevadas. A prevalência da violência é mais alta na população mais escolarizada (49,4%).

Considerando somente a violência exercida sobre as mulheres, Portugal pertence ao grupo de países da União Europeia que apresenta, de um modo geral, proporções mais baixas de violência.

As vítimas de violência por não parceiros/as foram quem mais relatou as suas experiências de violência (66,8%) e as vítimas de violência sexual na infância quem mais as silenciou (29,4%). Cerca de metade das vítimas em contexto de intimidade falaram com alguém ou alguma entidade sobre o que aconteceu.

As consequências psicológicas e físicas em resultado da violência foram mais referidas pelas vítimas de violência em contexto de intimidade.

Mais de três quartos da população (75,8%) considera a violência exercida contra as mulheres por parte dos parceiros muito comum/comum. Mais de dois quintos (42,0%) tem semelhante opinião sobre a violência contra os homens exercida pelas parceiras.

O conhecimento dos vários serviços/estruturas de apoio a vítimas revelou-se mais baixo no grupo de pessoas que já sofreu algum tipo de violência.


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